A vida é um ensaio constante. Nunca estreamos de
verdade, pois estamos sempre tentando ajustar o seu texto pra ficar melhor. E
para que isso aconteça, são necessárias as pausas. Elas complementam o processo
criativo, estimulam a disciplina, o ritmo da boa produção. Por vezes longa, nos
fazem entender melhor certos valores e as relativas mudanças. Estamos sempre a
caminhar numa direção cujo destino não sabemos, mas fingimos a nós mesmos que
há de ser melhor que o início da estrada. Talvez seja mesmo, pois quilômetros
rodados representam experiência, vivência, boas e más lembranças, mas acima de
tudo, referências para evitarmos os mesmos erros. Esse eterno iniciar, pausar e
retornar é o elixir da vida. Transcodifica nossa humildade, afastando-nos de
vez da arrogância de quem pensa que sabe tudo. Somos humanos! Incongruente
sabermos tudo. Pena que a maioria não raciocine assim.
Enfim, estou mais uma vez de volta pro meu
aconchego, pro meu cais de porto, pro meu sustentáculo. Como já dizia o Poeta
Cazuza, em algumas de suas inesquecíveis e sábias canções:
“O poeta
não morreu / Foi ao inferno e voltou (...)”
“Eu vi a cara da morte / E ela estava viva.”
E como um sobrevivente, compartilho com vocês, minhas
novas e impressões.
Bebam da fonte! Dessa, vocês podem beber.
A experiência dada pelos meus quilômetros rodados, mas que qualquer coisa, me indica que sei bem pouco de tudo. Possivelmente a atitude mais inteligente que alguém pode ter é assumir-se um eterno estudante da vida...
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