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Mostrando postagens de setembro, 2017

No Meu Quarto de Existir

Chega um momento na vida da gente que a única sensação despertada resume-se a uma única e simples pergunta: Pra quê? Pra quê acumular tanta informação durante uma vida, com a pretensão de achar que terá tempo suficiente para processar todo esse conteúdo? É bom lembrar, às vezes, que não somos eternos. Que tudo pode acabar em questão de segundos, num sopro. Quem sabe até antes da conclusão dessa postagem? A vida é ensaiada por nós durante toda a vida, quando estreamos no mundo sem recebermos sequer um texto como orientação. Tudo que nos ensinam é convenientemente errado. É preciso que não saibamos as coisas devidas, mas as desejadas por quem nos comanda a... Vida... Vida... Vida... Eu tô me repetindo, eu sei. E me angustia a repetição de palavras porque dá a impressão de que não tenho assunto, ou pior ainda, que não sei discorrer nem organizar as ideias a respeito de um tema. Enfim, estou confuso. Um misto de impotência, reflexão em demasia, medo, abandono, solidão e solidez. P

Além das Canções

Dou às canções o espaço que acharem necessário para, em mim, se instalarem e assim, modificar-me. Elas, sim, me representam e me orientam a caminhos escondidos de meu próprio ser. E é ótimo desvendar-me a cada audição de uma voz que eu tenha ou não uma identificação inicial. Se já tiver é a emoção quase êxtase manifestada. Caso o contrário, a surpresa também se assemelha a um espasmo de prazer e aprendizado. Excita-me a descoberta de coisas e gentes. Não estou aqui nesse mundo à toa. Pretendo fazer jus ao velho ditado: "a gente leva da vida, amor, a vida que a gente leva" . Tudo bem, o ditado virou verso de uma canção linda de Fátima Guedes, mas essa é a ideia. Sempre as canções tomando espaço. Ontem fui dormir ao som de Elba Ramalho interpretando lindamente um clássico de Dominguinhos, "Além da última estrela" , que originalmente fora gravada por Maria Bethânia. Essa música foi tema da novela "Renascer" e à época, mesmo adolescente, já me emocio

Só, às vezes...

PAZ,  artigo de luxo em tempos  inóspitos. " Às vezes eu falo com a vida  /  Às vezes é ela quem diz Qual a   paz  que eu não quero conservar  /  Pra tentar ser  feliz "   por que  humanos  não têm  a  m e s m a   s a b e d o r i a ?

Independência ou Independência!

A vida nos apresenta caminhos, os mais diversos, todo o tempo. Desde que nascemos é assim. A diferença é que durante a infância e até adolescência, somos comandados por pais, valores, costumes - muitas vezes errados - e não dimensionamos que existe um mundo além daquela redoma familiar ao qual fomos criados. Tornamo-nos adultos, mas a área de conforto é inevitável e continua a nos prender de um outro jeito, através de novos conceitos, estratagemas emocionais, fatos da vida cotidiana e difícil.  O tempo nos alerta que é preciso nos posicionar. Essa lembrança é remetida a nossas mentes, sempre, nas mais banais circunstâncias. Fingimos então que podemos adiar as decisões e vamos levando. Até a chegada hora do limite, onde palavras já não são mais postas em prática, via diálogos e as "deixas" são sinalizadas pelas atitudes, silêncios e rotineiras omissões. Dói encarar que o perto equivale ao bem distante e que é preciso libertar-se da prostração nossa do dia a dia e valoriza

Selfies... "Nada é igual a ela e eu."

Dentro do Trem Retrô

Sexta-feira. Volta pra casa. Problemas externos atrasam a partida. Plataforma, estacionamento da vida. Cansaço, espera inevitável. Apenas um carro de aço sem lugar. Sexta-feira. Volta pra casa. Nada a fazer, a não ser O próximo esperar. Minutos passam. Um parte, outro se aproxima. Sim, o trem é antigo, menina. Mas a dignidade nele está. É um veículo reformado. Tem ar condicionado, Limpeza e espaço a proporcionar. Sexta-feira Volta pra casa. Cansado, no trem embarco. Dentro me acomodo. Andando sobre trilhos, retorno. Sim, menino, ele é antigo, Outro feitio, menos camelô. Tranquilo, sigo meu caminho. Fone no ouvido, As canções me trazem cor. Sexta-feira. Volta pra casa. Dentro de um trem retrô.

A "Boa Nova" somos nós.

Setembro. Nome de canção. Verso de canção. Título de disco. Um mês de renovação. Uma bobagem poética, pura e simples relacionada ao início da estação das flores, Primavera. Quando pensamos que todos os meses são passíveis de eternos começos, essa alusão torna-se inútil, completamente descabida. Mas, nós, humanos, necessitamos de uma mentirinha pra fazermos a vida acontecer. É cultural. Então, atribuímos à Primavera e consequentemente ao seu respectivo mês de nascimento, o início de nova safra e temporada de emoções. Ilusão à toa? Pode ser. O fato é que para a humanidade nada disso importa, pois atua como se os próximos não existissem, como se aquela premissa do respeito, do amor, da partilha, da solidariedade e etc. fosse história pra boi dormir. Ninguém ou quase prática. É de causar náuseas o individualismo generalizado! As pessoas não se importam se outras morrem ao seu lado, "desde que não seja eu, a vítima ou o culpado". E à Setembro, a responsabilidade de