Dou às canções o espaço que acharem necessário para, em mim, se instalarem e assim, modificar-me. Elas, sim, me representam e me orientam a caminhos escondidos de meu próprio ser. E é ótimo desvendar-me a cada audição de uma voz que eu tenha ou não uma identificação inicial. Se já tiver é a emoção quase êxtase manifestada. Caso o contrário, a surpresa também se assemelha a um espasmo de prazer e aprendizado.
Excita-me a descoberta de coisas e gentes. Não estou aqui nesse mundo à toa. Pretendo fazer jus ao velho ditado: "a gente leva da vida, amor, a vida que a gente leva". Tudo bem, o ditado virou verso de uma canção linda de Fátima Guedes, mas essa é a ideia. Sempre as canções tomando espaço.
Ontem fui dormir ao som de Elba Ramalho interpretando lindamente um clássico de Dominguinhos, "Além da última estrela", que originalmente fora gravada por Maria Bethânia. Essa música foi tema da novela "Renascer" e à época, mesmo adolescente, já me emocionava. Reouvir na voz de Elba, viajei pra mais longe. Viajei nos meus futuros recentes sonhos, nos hiatos e refúgios de meu asfalto lunar. Alcancei a estrela e fui além de quando acordado, consigo retornar.
Que me venham as canções para meus sentimentos, sempre, transformar!
"Além da Última Estrela" - Show "Elba Canta Dominguinhos" - Caixa Cultural Recife
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