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Da série "Frogmentos"...

“Incomoda-me demais esse ranço sócio-político-preferencial que nos envolve e que as redes sociais só fazem estimular. 
O "pensamento" é restrito e o foco principal acaba sendo sempre descartado em função de individualismo e miopia cultural.” 

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Sobre Trilhos à Beira-Mar

Imagens vêm e vão. Não me deixam em paz nos intervalos. Procuro ocupar meu tempo Com coloridos e infindáveis pensamentos A fim de sublimar meus medos. Eles nem são tantos... Representam apenas mais ou menos, grande parte de mim. Imagens vêm e vão. Elas se renovam e se revezam em lembranças E me levam de volta àquela maldita estação Onde por longos minutos, vida minha quase vi por um fio. Um fim de linha. Stop! “Nossos comerciais, por favor!” Retornar à realidade doeu no corpo deveras cansado. A alma aturdida, Mente descontrolável. Onde estão os meus sentidos nessa noite de abismos e sombras? Madrugada tão pouca em breve acalmar. Todas as canções, todas as futuras alegrias nos próximos dias, Não me farão chegar ao que eu fui um dia, À calmaria de um desconfortante recomeçar. A vida passa como desgraça sobre trilhos à beira mar. É preciso seguir, submergir para não naufragar. Sonhos, ainda em mim. Vida há enfim.

Aquele Maldito das Formigas

Eu incinerei as formigas. As formigas estavam na plataforma do meu fogão. Elas incomodavam o meu preparar. Eu incinerei as formigas com o fogo das bocas e dos meus olhos de nojo. Elas são repugnantes. Assim, elas “são-me”. Chegam sem avisar, ocupando espaços que não são delas... E trazem as impurezas da miséria Por onde, lentamente, caminham miscigenando as bactérias. Eu incinerei todas elas, agora, com o acendedor de fogão. Eu as impedi de invadirem os meus alimentos na panela destampada. Os que eu preparo para minha fome matar. Assim como eu as matei agora, Incinerando todas elas com o meu repugnar. As formigas são nojentas e fétidas. Elas frequentam o lixo das casas - a discreta abnegação da burguesia, E lá devem ficar. Pois, se elas comem baratas, em nada hão de me agregar. Formigas... Formigas... Formigas...

O Primeiro.

Segunda-feira, 28 de Agosto de 2017, meia noite e trinta três. Hora de dormir, eu sei, mas há horas estou aqui tentando conceber um novo blog, onde a partir de hoje, será o meu "extravasa", meu muro de lamentações, divã virtual, tudo isso ou nada disso. Independente da intenção, farei daqui um painel de criação e constante exercício. Uma espécie de caligrafia virtual onde seguirei a minha própria linha de raciocínio, compartilhando textos, poesias, frases, fotos e o que me der na telha. Liberdade e felicidade em minhas "horinhas de descuido". E para começar, aproveitando o recente lançamento do CD de Chico Buarque, "Caravanas", [re]posto aqui um poema feito por mim há alguns anos, em homenagem às suas canções, bálsamo de inspiração, criatividade e emoção.                                                    © Foto de Leo Aversa/O Globo. Chico Buarque caminha na Praia do Leblon. Rio de Janeiro, 2004. Buarquear [Vitor Lima] Eu buarq